“Vim Vinho, voltei uva! O básico de um prazer avançado.” é um enoblog com o intuito de trocar os conceitos mais elementares acerca do mundo do vinho. Não existe a pretensão de ser melhor ou pior, aqui busca-se a diferença na maneira de apresentar os temas, vinhos e outras possibilidades. Seja bem vindo e salve a uva!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

E agora José?

Hoje mais que ontem o vinho tem ganho espaço, status e preferência à mesa do brasileiro.
Vinho, definitivamente, está na moda. Há restaurantes com cartas que superam a marca de 200 rotulos.
Os cursos tanto de introdução, degustação quanto de profissionalização proliferam cada vez mais.
Isso é bom para todos. Importadoras, adegas, restaurantes e consumidores, porém a divulgação em massa esbarra em um ponto intrigante: A pessoa que me indica um vinho sabe, realmente, o que faz?

Digo isso porque a cada nova busca por harmonização vejo profissionais cometerem erros básicos e, o mais interessante, é que o fazem com mostras de segurança - e até um pouco de arrogancia.

E agora, José o que fazer para saber se o vinho indicado é o correto ou não?
Antes é preciso entender que paladar é quase único e que a harmonização segue padrões gerais e atenta ao comportamento da maioria, logo, se o seu paladar foge do comum, por favor, busque entendê-lo para criar o seu próprio leque de harmonização.
Saiba que o princípio da harmonização é complementar sabores de uma forma que ambos (vinho e comida) equilibrem no seu paladar.
Uma recomendação é, antes de seguir para o restaurante, fazer uma breve pesquisa acerca da comida e dos vinhos disponíveis.
Nunca esquecendo que itens como medicamento, cigarro e até humor interferem diretamente no degustar do vinho.

Tá, mas como saber que o vinho indicado é o correto?
Se você não pesquisou, não haverá como saber, porém se o seu paladar segue o da maioria, se está tudo em ordem com você e se... ao ingerir comida e vinho um complementa o outro é claro sinal de que está tudo certo. Se o seu paladar gritar que há algo errado sugiro fazer o que faço: Deixe aquele vinho de lado (leve-o para casa e consuma-o em outro momento) e peça outro. Funciona.

Boa degustação.